A peça solo de dança contemporânea “Três Canções” traz à cena imagens e sons que evocam a relação com a finitude do corpo, de si e do outro. Trata-se de uma investigação corporal e sonora acerca de reflexões sobre a morte na experiência pessoal da bailarina e cantora Patricia Nardelli e de seus estudos acerca dos aspectos antropológicos, sociais e históricos das atitudes perante a morte. O espetáculo é dirigido por Patrícia Nardelli e Luíza Fischer e tem produção do Coletivo Moebius. Foi indicado ao Prêmio Açorianos de Dança nas categorias melhor trilha sonora e melhor direção.

Consultei o oráculo joguei pra cima os ossos
das minhas ancestrais: falanges, falangetas carpo, metacarpo
furando pontiagudos o tempo.
O tempo é o tecido que recai sobre os ossos.
É do tempo o próprio osso e o fluido que corre dentro a seiva.
Quando eu morrer
retornarei ao ventre do tempo que a tudo devora
e de quem não se escapa.
Somos nós mesmas sua matéria átomos de finitude condensadas no encontro de correntes difusas de eternidade.
Quando eu morrer ao tempo pertencemos
e ao tempo continuamos.

11 e 12/4/19 – Teatro de Arena (Porto Alegre/RS)

29 e 30/11 e 1/12/19 – Sala Álvaro Moreyra (Porto Alegre/RS)

22, 23 e 24/21 – Curta temporada virtual (apresentação de registro em vídeo da peça na íntegra

25/03/21 – Mostra Web do Centro Municipal de Dança de Porto Alegre (apresentação de registro em vídeo da peça na íntegra)

Teaser

Indicações:

Indicado ao Prêmio Açorianos de Dança de 2019 nas categoria Melhor Direção (Luíza Fischer e Patrícia Nardelli) e Melhor Trilha Sonora (Patrícia Nardelli)